terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Efeito Placebo




            Placebo é um medicamento, cirurgia ou tratamento “falso”, que não possui realmente propriedades de cura, mas que acaba causando efeito graças a crença do paciente de que ele realmente funciona.
            Como um exemplo,  podemos citar um comprimido de amido ou açúcar, que é dado ao paciente como analgésico, antitérmico ou até mesmo antiinflamatório, e acaba por realizar realmente o efeito esperado de um destes medicamentos.
            Segue um exemplo verídico de como um placebo pode ser eficaz:
            “Sr. Wright, o qual estava acometido de mal generalizado e avançado envolvendo os nodos linfáticos, linfossarcoma. O Sr. Wright desenvolveu uma resistência a todos os tratamentos paliativos conhecidos e sua anemia o impedia de esforços com raios-X ou tratamento quimioterápico. Massas tumorais do tamanho de uma laranja já existiam no pescoço, axilas, virilha, peito e abdômen. O baço e o fígado estavam enormes e o duto torácico obstruído. A impressão, diz Dr. Philip West que acompanhou pessoalmente o caso, é de que ele estava em estado terminal e não-tratável.


Contrariando isso tudo, o Sr. Wright se encontrava menos desesperançado que seus médicos e pediu para ser incluído em um grupo de pesquisa que iria testar uma nova droga, o Krebiozen (que depois se demonstrou ser uma preparação inócua e sem utilidade). Os médicos não o consideraram qualificado para o experimento, já que não contavam que seu câncer pudesse regredir, depois de tudo já ter sido tentado. Sua expectativa de vida era de duas semanas, não mais que isto. Mas o Sr. Wright havia lido nos jornais que a clínica estava pesquisando o Krebiozen e implorou para ser colocado entre os que iriam receber a droga.


Ele mostrou enorme entusiasmo ao chegar a droga e implorou tanto que, contra todas as regras, seu médico acabou concordando em incluí-lo. 


Dr. West, então, permitiu que ele recebesse injeções da droga, sendo que a primeira foi numa sexta feira, quando o médico, segundo conta Dr. Rossi em seu livro, foi para casa imaginando que na segunda feira, com quase toda certeza, infelizmente encontraria o paciente já sem vida. Mas, para surpresa de Dr. West, o Sr. Wright estava à sua espera. Sem febre, nada abatido, andando normalmente. Nenhuma mudança para pior foi observada. As massas de tumor haviam desaparecido, mostrando uma regressão mais rápida que o médico pudesse até mesmo entender.


O Sr. Wright teve alta e foi para casa, quando saiu novamente nos jornais que o Krebiozen era inócuo. O homem teve uma recaída e retornou ao hospital. Desta vez, porém, foi o médico quem propôs que ele retomasse as injeções de Krebiozen, alegando que a droga surtia efeito e que o que saíra no jornal era referente a um lote da droga com validade ultrapassada. Dr. West fez isso porque sabia que seu paciente saíra do estado terminal para voltar para casa são, graças à esperança que ele depositava na nova droga, e sabia também que nada mais poderia ajudá-lo. Novamente, a doença do Sr. Wright regrediu, diante das injeções. A recuperação, segundo o médico, foi ainda mais intrigante, pois as massas tumorais se dissolveram, o fluido no peito se extinguiu e ele voltou a andar. O caso do Sr. Wright teve um final pouco auspicioso,  já que acabou falecendo, semanas depois de ter novamente sido veiculado no jornal – que ele tomou conhecimento – de que o Krebiozen realmente não tinha função alguma.”

Bem, sabemos que o Efeito Placebo existe, e que é extremamente poderosa, inclusive contra doenças graves e difíceis de tratar, mas como ele funciona?
Isso ainda é um mistério e causa de muitas discussões na medicina, mas existem algumas hipóteses:

É tudo psicológico.
Essa hipótese diz que apenas o nosso psicológico e o poder da mente humano seriam capaz de curar doenças, quando o paciente realmente acreditasse nisso. Sabemos que os nossos pensamentos podem afetar o nosso sistema hormonal e imunológicos, ocasionando uma melhora, ou pelo menos impressão de melhora no nosso organismo.

É tudo emocional.
Essa hipótese diz que, o placebo faz efeito simplesmente pela sensação que ele dá a pessoa de que ela esta sendo tratada, diminuindo a ansiedade, a solidão e a depressão. O que causa efeitos positivos no organismo do paciente.

 A cura é natural.
Muitas vezes, as doenças, até algumas consideradas graves, se curam sozinhas, mesmo quando não tratadas ou tratadas erroneamente. Sendo assim, achamos que elas tenham sido curadas pelo placebo, quando, na verdade, foram naturalmente curadas.

A eficácia do placebo também não é um consenso na comunidade médica, mas varia de 30 a 60% do poder de cura de um medicamento realmente eficaz.

Por que estou postando isso?
Pois o efeito placebo é capaz de “explicar” uma grande parte dos supostos “milagres” existentes. Se considerarmos milagre curas que não são ainda explicadas pela medicina. Logo temos uma lacuna a menos para o seu Deus. 
Por que não ocorrem milagres convincentes, como crescerem de volta uma perna ou um olho perdidos? Por que as curas se limitam a doenças que poderiam regredir mesmo sem intervenção divina? A medicina não explica? E daí? Um dia explicará. E, em não explicando, por que a única outra alternativa seria o milagre?” Dr. Dráuzio Varella

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