terça-feira, 17 de agosto de 2010

Da morte, da metafísica e do conhecimento

Enquanto as pessoas se preocupam com a copa ou com as eleições, vivo em busca de uma razão, uma conta simples pra definir o porquê de nosso viver, das repetições e das equações repetitivas do dia-a-dia. Enquanto o tempo passa e envelhecemos o peso do conhecimento das gerações passadas parece tomar forma em nossa sociedade moderna. Enquanto uns poucos se preocupam com o futuro incerto de um algum desconhecido qualquer o resto de nós continua a viver uma vida medíocre e cheia de repetições, como macacos amestrados. Penso, às vezes, que temos sorte de sermos pessoas e não prédios vazios e sem significado algum. Embora estejamos vivendo um momento de acesso livre a informação, veja bem, informação é diferente de conhecimento, o significado das palavras torna-se cada vez mais abstrato, como  se escrevêssemos em algum tipo de código secreto, restrito apenas a um pequeno circulo de pessoas. Escrevemos, cantamos e fazemos de tudo pra nos prender a esse mundo, cientes de nossa fragilidade e incompreensão.  Juramos amor ao não conhecido e nos aprofundamos nas artes de alguma área obscura qualquer do conhecimento; damos um passo rumo ao progresso de um chamado ‘bem maior’ enquanto definhamos lentamente e nossos cabelos não param de crescer! Ah sim, quanto cabelo desperdiçado, quanto cabelo jogado ao chão! Enquanto os ciclos continuam perpetuamente nós rumamos em direção ao desconhecido, o indizível e infalível encontro final, esperando por uma resposta pra tudo, e enquanto as tão famosas fases bioquímicas continuam sendo estudadas nos perdemos num universo compreensivelmente e inoportunamente tristes. Sim, tristes, se habituados a todas as respostas e a todas as razões do mundo. Felizes se pensarmos que resistimos durante tanto tempo, ou tempo o suficiente pra se tornar algo racional, capaz de existir, pois existir, mesmo que de forma precária é infinitamente superior a não existir. E quando enfim não tivermos mais medo algum e acreditarmos que tudo realmente valeu à pena, deixaremos pra sempre a nossa marca em algum lugar, e encontraremos nossa recompensa,  o último inimigo a ser aniquilado será a morte.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um recomeço

Boa noite caríssimos!
Sei que já faz algum tempo que não posto nada e que provavelmente pouquíssimas pessoas ainda lêem este blog mas voltei e pretendo continuar a escrever por aqui. Aos que ainda acompanham (se alguém acompanha!) peço desculpas e me comprometo novamente a disseminar o ateísmo e a razão, ou melhor, um discurso secularista e sem preconceitos. Estou a procura de pessoas comprometidas a escreverem no blog; já tive muitas experiências com muitas pessoas que se diziam interessadas em escrever mas que no final das contas acabaram por não contribuir em nada. Quem tiver interesse pode me escrever no vinicius.sfb@gmail.com ou ainda pelo twitter @vinicius_JOS . Força sempre gente, ainda este mês dois ou três textos aqui!